Matinta Pereira é uma lenda Amazônica muito conhecida pelos Paraenses.
Dizem que a matinta é uma velha que causar muito medo pelas redondezas onde os caboclos vivem, outros dizem que ela se transforma em um pássaro de vida misteriosa causando muito arrepio quando escutam o seu assobio. Os caboclos falam que para a matinta pare de perturba-los, eles oferecem tabaco à ela, no dia seguinte uma velha aparece na porta pedindo o que foi prometido, se caso a pessoa não cumprir, a matinta não ira deixar essa pessoa viver em paz por resto de sua vida. Deste modo, muitas pessoas morrem de medo dessa velha tão misteriosa. Em suas peripécias a matinta causa arrepio. Esta lenda é muito conhecida e causa medo até aos mais céticos. Para finalizar, a matinta quando está para morrer oferece dizendo " Quem quer, quem quer..."
Se a pessoa responder " Eu quero" ela será a próxima matinta pereira.
Esta lenda se transformou em uma linda composição nas mãos do grande compositor e pianista Waldemar Henrique.
Matintaperêra
Chegou na clareira
E logo silvou...
No fundo do quarto
Manduca Torquato de medo gelou.
Matinta quer fumo
quer fumo migado, meloso,
melado que dê muito sumo,
Torquato não pita,
não masca nem cheira,
Matintaperêra vai tê-la bonita...
Matintaperêra de tardinha bem buscar
O tabaco que ontem à noite eu prometi:
Queira Deus ela não venha me agoirar...
Queria Deus que ela não venha me agoirar...
Ah! Matinta Preta Velha,
Mãe Maluca,
Pé-de-pato,
Queira Deus ela não venha me agoirar...
Matintaperêra
Chegou na clareira
E logo silvou...
No fundo do quarto manduca
Torquato de medo gelou.
Que noite infernal,
Soaram gemidos, resmungos,
Bulidos do gênio do mal
E até de manhã,
Bem perto da choça
A fúnebre troça
Dum vesgo acauã
acauã, acauã!
Beijos
Camille Miranda
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