Oiie meus amores!
Uma novidade...
Estou estudando para virar contadora de histórias, falar sobre lendas pra mim é um verdadeiro encantamento, sou amante da cultura indígena com muito orgulho. Amo cada detalhe, todos os gestos,sua forma de preserva a natureza, os rituais enfim tudo.
Bem essa lenda é das tribos Palikur, Paikwenê, Parikoré, falantes do tupi-guarani. Eu á retirei no site do boi caprichoso. Aliás o site é deslumbrante, as toadas são verdadeiros poemas da Amazônia.
Vamos à lenda :
“Outrora em tempos remotos viviam nos vales de Yama-Kinã os índios Palikur, desfrutando de florestas fartas em caças e águas abundantes em peixes.
Perto da tribo dos palikur existia um lugar sagrado e misterioso, território onde nenhum índio jamais poderia adentrar, pois, diziam os antigos, que existia neste local, um portal para reino das divindades.
Um dia toda a tribo decidiu migrar e fixar uma nova morada, então construíram em seu novo território uma grande maloca, com tamanho suficiente para abrigar toda a tribo. Contudo eles se mudaram para o território sagrado, sem imaginar que, com isso, estariam profanando terras sagradas, terras dignas apenas aos deuses.
Poráh, o deus criador e transformador dos Palikur, ao ver que terras sagradas foram profanadas pelos seus filhos, se encheu de fúria e, ao escurecer, lançou sobre eles a terrível maldição dos olhos da noite. Os índios carregariam na pele, para sempre, a marca desta maldição.
No amanhecer os índios ficaram atônicos, sem nada entender, sua grande maloca estava em outro lugar, um lugar desconhecido, sombrio, estranho e tomado por uma escuridão assustadora. Então o velho pajé lhes revelou o que acontecera durante a lua passada.
Ao cair da noite um vento uivante tomou conta da floresta, a grande maloca tomou um ar mágico, as palhas caranás que a cobriam começaram a arrepiar em um movimento estranho, transformando-se em ferrões e setas de peçonha, os grandes esteios fixados ao chão tornaram-se pernas e garras gigantescas, as redes onde os índios dormiam se tornaram uma espécie de casulos pendurados no auto das cumieiras e onde todos sofreram metamorfoses.
Então a grande maloca se ergueu e levantou tomando a forma de um grande ser, era Wãnkô Fiandeira, ser mitológico dos Palikur, a rainha das aranhas.
Nesse momento as redes casulos eclodiram dando origem às suas crias: Tarântulas negras, caranguejeiras.
Saltaram das gretas do solo aranhas armadeiras e vorazes viúvas negras.
Das teias dos fios de sedas encantados desceram pavorosas caçadoras fiandeiras, camufladas na mata escura.
A maldição de poráh transformou-os nas tribos de aranhas e os juntou à mãe Wãnkõ, condenando-os a vagarem errantes na escuridão da noite, em busca de almas na sombria floresta dos Paricoré.
Até hoje os jovens índios palikur após o ritual de iniciação carregam no braço esquerdo a tatuagem da marca dos olhos da noite a marca da aranha, sendo para sempre filhos de Wãnkõ-Fiandeira"
Perto
Um dia toda a tribo decidiu migrar e fixar uma nova morada, então construíram em seu novo território uma grande maloca, com tamanho suficiente para abrigar toda a tribo. Contudo eles se mudaram para o território sagrado, sem imaginar que, com isso, estariam profanando terras sagradas, terras dignas apenas aos deuses.
Poráh, o deus criador e transformador dos Palikur, ao ver que terras sagradas foram profanadas pelos seus filhos, se encheu de fúria e, ao escurecer, lançou sobre eles a terrível maldição dos olhos da noite. Os índios carregariam na pele, para sempre, a marca desta maldição.
No amanhecer os índios ficaram atônicos, sem nada entender, sua grande maloca estava em outro lugar, um lugar desconhecido, sombrio, estranho e tomado por uma escuridão assustadora. Então o velho pajé lhes revelou o que acontecera durante a lua passada.
Ao cair da noite um vento uivante tomou conta da floresta, a grande maloca tomou um ar mágico, as palhas caranás que a cobriam começaram a arrepiar em um movimento estranho, transformando-se em ferrões e setas de peçonha, os grandes esteios fixados ao chão tornaram-se pernas e garras gigantescas, as redes onde os índios dormiam se tornaram uma espécie de casulos pendurados no auto das cumieiras e onde todos sofreram metamorfoses.
Então a grande maloca se ergueu e levantou tomando a forma de um grande ser, era Wãnkô Fiandeira, ser mitológico dos Palikur, a rainha das aranhas.
Nesse momento as redes casulos eclodiram dando origem às suas crias: Tarântulas negras, caranguejeiras.
Saltaram das gretas do solo aranhas armadeiras e vorazes viúvas negras.
Das teias dos fios de sedas encantados desceram pavorosas caçadoras fiandeiras, camufladas na mata escura.
A maldição de poráh transformou-os nas tribos de aranhas e os juntou à mãe Wãnkõ, condenando-os a vagarem errantes na escuridão da noite, em busca de almas na sombria floresta dos Paricoré.
Até hoje os jovens índios palikur após o ritual de iniciação carregam no braço esquerdo a tatuagem da marca dos olhos da noite a marca da aranha, sendo para sempre filhos de Wãnkõ-Fiandeira"
Glossário:
Palikur: Tribo indígena localizada dos vales da Guiana francesa, Amapá, e porção da Amazônia.
Maloca: habitação típica indígena, grande choça coberta de palhas secas.
Poráh : Deus criador e transformador das tribos Palikur, Paikwenê, Parikoré.
Beijos.
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