sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Viva o ano novo, que venha 2012...


Eu fui muito feliz não tenho o que reclamar papai do céu foi muito bom, até demais. Deste modo, eu sou totalmente grata por tudo que ele tem feito por mim, confiou no meu potencial e colocou pessoas muito importante em meu caminho. Agradeço por ter iniciado na pesquisa em línguas indígenas, por ter feito suscitar uma admiração e um amor inexplicável a essa cultura tão linda e bela que merece todo o meu respeito. Quero agradecer por esta no Museu Goeldi que está sendo uma experiência incrível e sensacional, pelo meu primeiro contato com indígenas que onde eu tive a certeza de que é isso que eu quero pra minha vida. Quero poder  contribuir de alguma forma pra preserva e valorizar as línguas e culturas indígenas da Amazônia e estou dando tudo que tenho pra que isso aconteça.
Também quero agradecer pela saúde dos meus pais e avós, eles são a minha vida e sem eles eu não estaria onde estou. Obrigada grande Tupã por ter me dado os pais mais maravilhosos do mundo que mesmo com as nossas brigas agente se ama cada vez mais. E também aos grandes amigos que fizeram dos meus finais de semana uma festa de pura alegria. Em suma, quero agradecer pelo sol, pela brisa, pela chuva, pelo mar, por tudo. Que em 2012 seja melhor ainda só peço um ano repleto de desafios, amor, purificação, desejos e pesquisas muitas pesquisas em línguas indígenas.

Em 2011
Eu bebi, dancei, pulei, gritei...
Chuva, sol, alegria...
Em 2011
Eu amei, chorei, vivi, renasci...
Reggae, Brisa e mar...
Em 2012
A vibração está no ar...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Ser Índio...


Ser índio é ser igual

E ser diferente.
Ser índio é ter coragem de lutar
e com a luta unir seu povo contra o mal

Ser índio é ter orgulho de sua identidade

e com ela fortalecer sua cultura.
Ser índio é tornar mais forte o seu povo
e reviver a sua inteligência.

Ser índio é não ter aquilo que não gosta

e ter aquilo que lhe pertence.
Ser índio é cuidar da mãe terra
e preservar a natureza.

Ser índio é ser amigo nos dias de sol

e de chuva.
Ser índio é ter consigo a liberdade
e fazer valer a sua capacidade.

Ser índio é viver em comunidade.

Ser índio é gostar da verdade.
Ser índio é lutar pela igualdade.
Ser índio é sorrir e chorar com os que amam
Ser índio é ser filho da Pakori aso
Ser Filho de Tupã
Ser filho da Amazônia.


por: Puhuy Pataxó Hãhãhãe

domingo, 11 de dezembro de 2011

Preciso...



Preciso de paz interior, sugestão, risadas, amigos, tequila, whisky, cerveja, compreensão, companheirismo, atenção. Preciso da lua, do sol, do mar, da poesia, da música, da natureza,  horizontes distantes , da chuva, purificação, da dança, sorrisos, abraços e beijos molhados, fogo, excitação, desejos, preciso de paixões ardentes que faça despertar os meus libidos de forma intensa e profunda. Mas essencialmente preciso de mim mesmo, de amor próprio, preciso desistir, preciso recomeçar, preciso me apaixonar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Nossa Casa Ancestral








Em que corpo estás?/Estás no ar, no sol, na luz/ Estás no infinito/Estás nos séculos/Tão poucos séculos, diante da nossa eternidade/E quando nos veremos?/Te sinto sempre/Na música, no sol, nas águas/No calor, no frio, nos ventos/Em cada Estado, país ou continente/Te sinto sempre meu amor/Apesar do que fizeram conosco!/ 
Mostra-me o caminho/Mostra-me em sonhos/Em cânticos, a nossa libertação./ 
Intocável é a nossa Casa/Nossos filhos cresceram, morreram e renasceram. /Tornaram a morrer/ Nossos filhos indígenas/Quase estão cegos pelo que aconteceu naquele dia/Muitos não reconhecem mais a sua mãe/Até as costas lhe deram/Pouco restou das cerimônias/Somente a dança com fé./ E não reconhecem mais a filha do pajé/ 
Lembra-te das cerimônias sagradas/Quando banhávamos nus?/E que nossos corpos penetravam as profundezas do Planeta Terra?/Mergulhávamos e trazíamos /Dezenas de crianças/Filhas Dela! / 
Mas meu amor/Dá--me tuas fortes mãos/Leva-me em tuas grandes asas sagradas/E dá-me força e poder/Porque o implacável Criador/Manda-me voltar séculos e séculos/E a ele levar a sagrada Raiz da Lagoa Akujutibiró./ 
A sagrada Raiz?/ Está coberta de lama endurecida 
Pelo peso da opressão dos séculos/E minhas mãos indígenas de mulher/Ainda estão frágeis e sangram/E se ferem nos espinhos dos pântanos!/ 
Tento me esconder na barriga da Mãe-Terra/E esquecer nossos filhos/Mas vejo Nhendiru chorar/ Vejo nossos filhos sofrerem/Então... O espírito do mar/ Uma grande névoa azulada/Envolve-me, seduz-me, encanta-me/E levanta-me na chama guerreira/E faz-me falar, cantar e gritar.../ 
Até que um dia/Os nossos filhos mortos, nascidos, e renascidos 
Possam relembrar do olhar, docemente, /Da luz envolvente/E da tinta de jenipapo/ Cravada pelo Grande Espírito em nossa cara.



(Texto de Eliane Potiguara em  “METADE CARA, METADE MÁSCARA”, Global Editora, Visões Indígenas editadas por Daniel Munduruku).

domingo, 13 de novembro de 2011

Arrumando a casa interior, meus vinte anos de Girl...


Hoje pela manha decidi arrumar a casa interior, varri e joguei fora tudo que me fazia mal. Inveja, amores mal resolvidos, encrencas, e falsidades. Coloquei tudo isso em uma caixa e guardei longe de mim. Sofrer dói e muito, mas te fortalece a cada dia a cada hora. Acordei com uma vitalização incrível, como uma vontade assídua de ser feliz. Isso é indescritível, isso é inigualável. Ser feliz é muito bom. Meus vinte anos de Girl, me ensinando a viver a vida do jeito que tem que ser, sem pudores, sem arrependimentos, sem medos, e nem frustações, apenas viver, viver, viver intensamente cada dia como se fosse o último. Hoje meu dia se resolve na frase de Caio F. Abreu: “Sem apego. Sem melancolia. Sem saudade. A ordem é desocupar lugares. Filtrar emoções.” É isso que tem que ser feito, é a lei da vida, vamos viver a vida sem apego, sem melancolia, sem saudade, varrer a nossa casa interior pra deixá-la limpa sempre pra novas emoções, novos amores, novos sonhos. Vamos filtrar emoções, viver essa vida sem medo de erra e de ser feliz... A vida é bela, apesar com todos os problemas a vida é bela, e tem que ser vivida intensamente. Não me arrependo de nada que fiz venenos, loucuras e vícios, tudo isso só faz fortalecer o que tem dentro de mim. Só faz fortalecer essa minha vontade de viver loucamente essa vida, e é isso que tem que ser feito, viver, viver e viver...l


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Amor é prosa, sexo é poesia

Como sempre muito criativo Arnaldo Jabor ;)

Sábado, fui andar na praia em busca de inspiração para meu artigo de jornal. Encontro duas amigas no calçadão do Leblon:
- Teu artigo sobre amor deu o maior auê... – me diz uma delas.
- Aquele das mulheres raspadinhas também... Aliás, que você tem contra as mulheres que barbeiam as partes? – questiona a outra.
- Nada... – respondo. – Acho lindo, mas não consigo deixar de ver ali nas partes dessas moças um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Lembram um sarneyzinho vertical nas modelos nuas... Por isso, acho que vou escrever ainda sobre sexo...
Uma delas (solteira e lírica) me diz:
- Sexo e amor são a mesma coisa...
A outra (casada e prática) retruca:
- Não são a mesma coisa não...
Sim, não, sim, não, nasceu a doce polêmica ali à beira-mar. Continuei meu cooper e deixei as duas lindas discutindo e bebendo água-de-coco. E resolvi escrever sobre essa antiga dualidade: sexo e amor. Comecei perguntando a amigos e amigas. Ninguém sabe direito. As duas categorias trepam, tendendo ou para a hipocrisia ou para o cinismo; ninguém sabe onde a galinha e onde o ovo. Percebo que os mais “sutis” defendem o amor, como algo “superior”. Para os mais práticos, sexo é a única coisa concreta. Assim sendo, meto aqui minhas próprias colheres nesta sopa.
O amor tem jardim, cerca, projeto. O sexo invade tudo isso. Sexo é contra a lei. O amor depende de nosso desejo, é uma construção que criamos. Sexo não depende de nosso desejo; nosso desejo é que é tomado por ele. Ninguém se masturba por amor. Ninguém sofre de tesão. O sexo é um desejo de apaziguar o amor. O amor é uma espécie de gratidão posteriori pelos prazeres do sexo.
O amor vem depois, o sexo vem antes. No amor, perdemos a cabeça, deliberadamente. No sexo, a cabeça nos perde. O amor precisa do pensamento.
No sexo, o pensamento atrapalha; só as fantasias ajudam. O amor sonha com uma grande redenção. O sexo só pensa em proibições: não há fantasias permitidas. O amor é um desejo de atingir a plenitude. Sexo é o desejo de se satisfazer com a finitude. O amor vive da impossibilidade sempre deslizante para a frente. O sexo é um desejo de acabar com a impossibilidade. O amor pode atrapalhar o sexo. Já o contrrário não acontece. Existe amor sem sexo, claro, mas nunca gozam juntos. Amor é propriedade. sexo é posse. Amor é a casa; sexo é invasão de domicílio. Amor é o sonho por um romântico latifúndio; já o sexo é o MST. O amor é mais narcisista, mesmo quando fala em “doação”. Sexo é mais democrático, mesmo vivendo no egoísmo. Amor e sexo são como a palavra farmakon em grego: remédio e veneno. Amor pode ser veneno ou remédio. Sexo também – tudo dependendo das posições adotadas.
Amor é um texto. Sexo é um esporte. Amor não exige a presença do “outro”; o sexo, no mínimo, precisa de uma “mãozinha”. Certos amores nem precisam de parceiro; florescem até mas sozinhos, na solidão e na loucura. Sexo, não – é mais realista. Nesse sentido, amor é uma busca de ilusão. Sexo é uma bruta vontade de verdade. Amor muitas vezes e uma masturbação. Seco, não. O amor vem de dentro, o sexo vem de fora, o amor vem de nós e demora. O sexo vem dos outros e vai embora. Amor é bossa nova; sexo é carnaval.
Não somos vítimas do amor, só do sexo. “O sexo é uma selva de epiléticos” ou “O amor, se não for eterno, não era amor” (Nelson Rodrigues). O amor inventou a alma, a eternidade, a linguagem, a moral. O sexo inventou a moral também do lado de fora de sua jaula, onde ele ruge. O amor tem algo de ridículo, de patético, principalmente nas grandes paixões. O sexo é mais quieto, como um caubói – quando acaba a valentia, ele vem e come. Eles dizem: “Faça amor, não faça a guerra”. Sexo quer guerra. O ódio mata o amor, mas o ódio pode acender o sexo. Amor é egoísta; sexo é altruísta. O amor quer superar a morte. No sexo, a morte está ali, nas bocas... O amor fala muito. O sexo grita, geme, ruge, mas não se explica. O sexo sempre existiu – das cavernas do paraíso até as saunas relax for men. Por outro lado, o amor foi inventado pelos poetas provinciais do século XII e, depois, revitalizado pelo cinema americano da direita cristã. Amor é literatura. Sexo é cinema. Amor é prosa; sexo é poesia. Amor é mulher; sexo é homem – o casamento perfeito é do travesti consigo mesmo. O amor domado protege a produção. Sexo selvagem é uma ameaça ao bom funcionamento do mercado. Por isso, a única maneira de controla-lo é programa-lo, como faz a indústria das sacanagens. O mercado programa nossas fantasias.
Não há saunas relax para o amor. No entanto, em todo bordel, FINGE-SE UM “AMORZINHO” PARA INICIAR. O amor está virando um “hors-d’oeuvre” para o sexo. O amor busca uma certa “grandeza”. O sexo sonha com as partes baixas. O PERIGO DO SEXO É QUE VOCÊ PODE SE APAIXONAR. O PERIGO DO AMOR É VIRAR AMIZADE. Com camisinha, há sexo seguro, MAS NÃO HÁ CAMISINHA PARA O AMOR. O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. Amor é o sonho dos solteiros. Sexo, o sonho dos casados. Sexo precisa da novidade, da surpresa. “O grande amor só se sente no ciúme” (Proust). O grande sexo sente-se como uma tomada de poder. Amor é de direita. Sexo, de esquerda (ou não, dependendo do momento político. Atualmente, sexo é de direita. Nos anos 60, era o contrário. Sexo era revolucionário e o amor era careta). E por aí vamos. Sexo e amor tentam mesmo é nos afastar da morte. Ou não; sei lá... e-mails de quem souber para o autor.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pedaços de Mim

De Martha Medeiros

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Feliz, Comigo.


FELIZ, COMIGO

Não... Eu não estou querendo viver uma paixão arrebatadora
- Paixões assim são as que proporcionam os mais altos sonhos
E também as maiores quedas...
Mas, acredite, eu sou capaz de me apaixonar todos os dias!

E também não estou interessado em encontrar quem me ame de verdade
Já encontrei estas pessoas há muito tempo
E aquelas que não estão ao meu lado
Eu carrego comigo, em meu peito.

Ah, eu também não estou querendo viver um grande amor
Eu vivi todos os amores que a vida me trouxe
E foram lindos
Foram maravilhosos
E ainda são grandes amores, e vivem comigo, mesmo que já se tenham passado

Também não estou procurando alguém para toda a vida
Nem procuro alguém para um pouquinho apenas
Não estou procurando absolutamente nada

Neste momento, apenas retraio-me comigo,
E estou descobrindo o prazer e a felicidade enorme que é
Amar mais e melhor a mim mesmo.

(Augusto Branco)

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Essa menina só tem vinte aninhos...


Completando mais uma primavera, mais um aninho, mas continuo sendo uma menina cheia de sonhos. Sonhos realizados, sonhos que ainda vou realizar, sonhos que ainda viram.
Bem, nessa data tão especial só tenho a agradecer a Deus a tudo que ele tem me oferecido, e não foi pouco não (rs!).
Quero agradecer pelas felicidades, pelos desafios que eu encontro nessa trilha da vida. Pelo presente antecipado que ele me deu há uma semana atrás. Foi uma lição de vida incrível.
Pelo determinismo de crescer profundamente no que faço. Pela minha escolha profissional que é um pouco difícil, mas prazerosa por demais. Pela minha família linda que me dar todo o sustento pra eu chegar aonde eu quero. E por últimos aos meus amigos verdadeiros que são poucos, mas são tão especiais que cada momento que passamos juntos é difícil de explicar.

Obrigada, Obrigada e Obrigada!
Bom dia, dia lindo, segunda linda, tudo lindo.

Pra onde vais assim?
Toda cheia de sonhos
Descalça, rodopiando e feliz!
Toda determinada
Com um olha brilhando de tanto alegria
E desejos incontroláveis

Pra onde vais assim?
Trilhando os desafios de vida
Seguindo sempre na fé
Sem medo de ser feliz
Sem medo de amar
Sem medo de errar

Pra onde vais assim, menina!
Com apenas 20 aninhos
Já sabe o que quer
Ama o que tem
Já idolatra o que faz

Ela responde:
Eu vou seguindo
A trilha da vida
Seguindo na fé
Com um sorriso
Estampado no rosto
Rodopiando descalça
Nessa chuva gostosa
Indo a direção do meu sonho
Ele está ali, bem ali
Me olhando, estou indo à sua direção
Nessa chuva cheia de purificação....

 (Camille Miranda)

domingo, 16 de outubro de 2011

Cobra Grande - Boiúna.



A lenda da cobra grande é umas das mais conhecidas lendas do folclore Amazônico e aparece em diferentes feições. Cobra grande também conhecida como Boiúna possui diferentes formas encantatórias, conformes dados colhidos entre a população ribeirinha. Acreditam até, que alguns igarapés foram formados pela sua passagem que abre grandes sulcos nas restingas, igapós e em terra firme. Na Amazônia, ela toma diversos nomes: Boiúna, Cobra Grande, Cobra Norato, Mãe D Água, entre outros, mas independentemente de seu nome, ela é a Rainha dos rios Amazônicos e suas lendas podem ter surgido em virtude do medo que provoca a serpente d água, que devora o gado que mata a sede na beira dos rios.

Desta lenda originaram várias outras histórias. Uma delas, do estado de Roraima, tem como cenário o famoso rio Branco. Conta-se que a cunhã poranga (índia mais bela da tribo) apaixonou-se pelo rio Branco e, por isso, muiraquitã ficou com ciúme. Para se vingar muiraquitã transformou a bela índia na imensa cobra que todos passaram a chamar de Boiúna. Como ela tinha um bom coração, passou a ter a função de proteger as águas de seu amado rio Branco.

Outra história que os ribeirinhos contam sobre a cobra grande é a lenda da cobra Norato que diz a respeito a uma índia que se engravida da Boiúna e deu à luz a duas crianças gêmeas. Uma delas, um menino, recebeu o nome de Honorato ou Nonato, e uma menina, chamada de Maria. Mas a Índia não queria as crianças e para ficar livre dos filhos, ela os jogou no rio. Entretanto as crianças não morreram, e conseguiram sobreviver e se criaram. Honorato não fazia nenhum mal, mas sua irmã tinha uma personalidade muito perversa. Causava sérios prejuízos aos outros animais e também às pessoas.

Eram tantas as maldades praticadas por ela que Honorato acabou por matá-la para pôr fim às suas maldades. Mas, com a morte de sua irmã acarretou a Norato um feitiço que o transformava em cobra grande que causava medo e temor àqueles que vissem. Deste modo, para que se quebrasse o encanto de Honorato era precisou que alguém tivesse muita audácia para derramar leite na boca da enorme cobra e fazendo um ferimento na cabeça dela até sair sangue. Porém ninguém tinha coragem de enfrentar a enorme cobra. Até que um dia um soldado de Cametá (município do Pará) conseguiu libertar Honorato do terrível encanto, e ele deixou de ser cobra d'água para viver na terra como um homem bonito e sagaz.


Existem ainda algumas crenças que buscam explicar a existência de cobras grandes na região Amazônica. Acredita-se, por exemplo, que quando uma mulher engravida de uma visagem a criança fruto desse terrível cruzamento está predestinada a ser uma cobra grande. Essa crença é bastante comum entre as populações que habitam as margens dos rios Solimões e Negro, no Amazonas.

Há ainda os que contam que a cobra grande pode algumas vezes parecer um navio para assustar os ribeirinhos. Refletindo o luar, suas enormes escamas parecem lâmpadas de um navio todo iluminado. Mas quando o "navio" chega mais perto é possível ver que na verdade é uma cobra grande querendo dar o bote.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Lua pra onde você vai assim...


Tão encantadora
Tão cheia de si, tão determinada e tão formosa?
Toda misteriosa e cheia de magnetismo
Que enfeitiça todos que a vêem
Sem dimensão, sem contestação.

Lua sua danada...
Aonde vais assim tão cheia e ligeira?
Que parece mais um vulcão
Entrando em erupção...
E esse vulcão... Ah esse Vulcão
Que faz desperta os mais doces venenos
E os mais loucos desejos
Àqueles que te olham com paixão

Lua cheia de fases
Não fuja de mim
Leve-me contigo para o teu horizonte
Um lugar aonde exista só nós dois
Quero saciar-me aos prazeres e gozos
Sem pudores e sem limites aos devaneios do teu coração.

(Camille Miranda)






quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Quem não dá assistência, abre concorrência


Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc. 

Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais: "corneado". Saiba de uma coisa... Esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça ou, então, assumir seu "chifre" em alto e bom som. 

Você deve estar perguntando por que eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando à atenção já há tempos. 

Mas o que seria uma "mulher moderna"? 

A princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... 

É aquela que às vezes tem uma crise súbita de ciúmes, mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que esteja errada e correr pros seus braços... 

É aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga desarrumada e linda...

Enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer... 

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior: 

VOCÊ SERÁ (OU É?) "corno", a menos que: 

- Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade. 

- Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca - o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às consequências expostas acima. 

- Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua meu amigo... Bem... 

- Quando disser que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex bom de cama é grandessíssimo. 

- Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam em - e querem - fazer sexo todos os dias (pasmem, mas é a pura verdade)...bom, nem precisa dizer que se não for com você... 

- Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é???? 

Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres. 

- Em hipótese alguma a deixe desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... Só que o prato principal, bem... Dessa vez é a SUA mulher. 

Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... Já foi. 

- Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente - "dar uma", para depois, virar pro lado e simplesmente dormir. 

- Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas... Senão... 

Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência". 

Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... Proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber, disso. 

Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... “E vai continuar, sem dúvidas olhando só pra você”.

(Arnaldo Jabor) 
Como sempre impecável!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

...


Era a lua mais clara
Das noites mais escuras
Era a decisão da razão
O momento do meu existir
Aonde os sons dos grilos
Me fazia cantar.
Eufórica, ofegante, palpitante
Aprisionada pelos barulhos do meu silêncio:
Necessidade de existir,
Desejos de fugir.
Retida por esses anseios
Descoberta em frente a este espelho.
Menina.
Sonhando enxergando
Nas risadas da lua
A insustentável leveza do ser.

(Andrea, Camille, Thaís)

sábado, 17 de setembro de 2011

Canoa Gisela

Como o Pará é rico!
Meu Estado é tão rico em suas poesia, que cada vez que eu olho uma letra fico cada vez mais admirada de fazer parte desse estado tão lindo.

Caro Leitores, à vocês apresento a composição de Alan Carvalho,Ronaldo Silva, Cincinato Jr.
Sinta o sentimento da poesia que essa composição traz...



Canoa Gisela
(Ronaldo Silva, Allan Carvalho e Cincinato Jr)

Canoa Gisela me leva

Pelas águas do rio Arari

Quero ver ararinhas e garças

Revoando no céu por aí


Aruãs ainda escuto maracas

Ainda vejo fogueiras queimando

Lá no céu vejo o brilho da lua

Lá no céu uma estrela laguna


Declamado:

Ao redor das fogueiras, meu mano

Os antigos pajés embalavam

As cantigas que os ventos do lago

Ainda espalham pela Cachoeira

Vão no rio, tem aromas suaves

São lembranças, histórias de antes

Que a Romana guardou no Mineiro

Pra contar lá no retiro grande

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Eu,etiqueta-

Poema de Carlos Drummond que retrata o homem em crise com sua própria identidade, o homem materializado que para se sentir bem aos padrões que a sociedade capitalista insisti impor andar com um nome que não é dele de batismo,ou seja, o nome da marca que faz ele se tornar uma coisificação do capitalismo.






Em minha calça está grudado um nome
Que não é meu de batismo ou de cartório
Um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
Que jamais pus na boca, nessa vida,
Em minha camiseta, a marca de cigarro
Que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produtos
Que nunca experimentei
Mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
De alguma coisa não provada
Por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
Minha gravata e cinto e escova e pente,
Meu copo, minha xícara,
Minha toalha de banho e sabonete
,
Meu isso, meu aquilo.
Desde a cabeça ao bico dos sapatos,
São mensagens,
Letras falantes,
Gritos visuais,
Ordens de uso, abuso, reincidências.
Costume, hábito, premência,
Indispensabilidade,
E fazem de mim homem-anúncio itinerante,
Escravo da matéria anunciada.

Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,

Trocá-la por mil, açambarcando

Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
Eu que antes era e me sabia
Tão diverso de outros, tão mim mesmo
,
Ser pensante sentinte e solitário
Com outros seres diversos e conscientes
De sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio
Ora vulgar ora bizarro.
Em língua nacional ou em qualquer língua
(Qualquer principalmente.)
E nisto me comparo, tiro glória
De minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
Para anunciar, para vender

Em bares festas praias pérgulas piscinas,
E bem à vista exibo esta etiqueta
Global no corpo que desiste
De ser veste e sandália de uma essência
Tão viva, independente,
Que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
Meu gosto e capacidade de escolher,
Minhas idiossincrasias tão pessoais,
Tão minhas que no rosto se espelhavam
E cada gesto, cada olhar
Cada vinco da roupa
Sou gravado de forma universal,
Saio da estamparia, não de casa,
Da vitrine me tiram, recolocam,
Objeto pulsante mas objeto
Que se oferece como signo dos outros

Objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
De ser não eu, mas artigo industrial,
Peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é Coisa.
Eu sou a Coisa, coisamente



quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Lua Adversa


Tenho fases, como a lua 
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!

Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha
Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
(Cecília Meireles)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Sonhos...

Os sonhos são engraçados, eles nos envolvem de uma forma que às vezes penso que estou vivendo em outro mundo, ou melhor, no mesmo mundo, mas com um toque de diferença. Isso é estranho. Entretanto, madrugada de ontem rendeu muito, dormir e acordar com libidos não é uma tarefa fácil, é difícil, pois quanto mais o desejo aumenta, mais ele vai te asfixiando e começa fazer parte até nos momentos de descansos, ele não te deixa em paz, nem por um momento, nem por um instante. Quando estou assim cheia de desejos acorrentados, que me desconcentra de forma indescritível, eu escrevo, pois as palavras são algo que expressam até os sentimentos ou desejos mais obscuro. Sei que não adianta tanto, pois até nos sonhos eles me perseguem, ameniza na hora da escrita, mas depois voltam com uma intensidade muito maior. Não sei o que tá acontecendo, mas estou me sentido assim esses dias. Sonhos loucos que me perseguem todas as noites que me faz acorda no meio na madruga com aquela respiração ofegante, coração batendo acelerado, e aquele desejo que não passa.

E foi assim que eu escrevi Desejos Aprisionados , quando o escrevi a excitação se apoderou de mim de uma forma incrível, mas como eu sou paradoxal, e mesmo ela se apoderando de mim de forma maravilhosa, vinha àquela ânsia, aqueles desejos de libertação que chegar a ser um suplício por parecer não ter fim.  A poesia não surge do nada, ela sempre vai surgir de um sentido, inspiração ou um desejo. A minha poesia surgiu de um sonho, um sonho que me persegue dia e noite, faz-me escrava dele. Dizem que os sonhos retratam os teus desejos mais intensos, e na madrugada de hoje tive essa conclusão. O meu sonho foi bem intenso, foi um sonho lindo cheios de desejos e tesão, um sonho que me levou ao céu, e me fez sentir o verdadeiro sentido do prazer, mas como tudo que é bom dura pouco. Acordei pela manhã, e estava com o coração acelerado, respiração ofegante e com um calor ardente. Por um minuto me senti livre desse desejo. Doce engano, ele ainda está dentro de mim. Aprisionando-me e me escravizando. Mas agora, de forma mais intensa.
Desculpe precisava escrever...