Em primeiro lugar quero pedir desculpas por ter me afastado todo esse tempo desse lugarzinho que se tornou para mim um verdadeiro diário compartilhado com todos vocês. A falta de tempo foi o verdadeiro motivo. Estava em um período muito trabalhoso na universidade, mas também muito produtivo. Mas hoje vim compartilhar com vocês a alegria de ganhar um estágio temporário, que vai me proporcionar à destreza de um início definitivo ao trabalho de línguas indígenas; quando eu recebi a notícia fiquei muito feliz, porque é algo que eu amo de verdade.
Não lembro bem quando começou o meu interesse pela cultura indígena, mas eu sempre gostei de lendas amazônicas. Minha infância foi sempre assistindo catalendas e ficava cada vez mais maravilhada com aquelas historias ficcionais. Até que um dia no ano de 2007 eu fui assistir pela televisão o Festival de Parintins, e fiquei deslumbrada com todo aquele encantamento, e eu fui percebendo o quanto a minha terra é linda e rica em lendas e cantos. Quando entrei no curso de Letras na Universidade Federal do Pará eu sabia que eu queria trabalhar com Literatura da Amazônia, especificamente com narrativas orais (mitos) de alguma língua indígena. E hoje o que era sonho está se tornando realidade. Só tenho agradecer a Deus por tudo que ele está fazendo por mim, sei que o caminho é difícil, pois trabalhar com línguas indígenas requer um dedicamento total. Espero que o estágio seja uma porta para outros trabalhos que estão por vim.
Obs: Entendam se eu “sumir” por mais algum tempo, estou dando início a um sonho que quer dedicação exclusiva ;)
“O homem branco, aquele que se
diz civilizado, pisou duro não só na
terra, mas na alma do meu povo, e
os rios cresceram, e o mar se tornou
mais salgado porque as lágrimas da
minha gente foram muitas.”
Cibae Ewororo- (índio Bororo de Mato Groso)
Att.
Camille Miranda.
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