Sócrates nasceu em Atenas, seu pai Sofronisco era escultor e sua mãe Fenareta era uma grande parteira. Ele nasceu numa época em que Atenas se tornava uma grande potência militar, econômica e política, em sua vida participou em guerras como a da batalha de Délion, lutou também em Anfílobe, na Tracia. Passou a ensinar na Àgora sem fazer distinção recusava-se a receber riquezas e dinheiro. Negou-se a participar da vida publica e política afirmando que seu Deimon que era seu Deus interior não permetia que ele se entrega-se a política pois determina que Sócrates cumpri-se sua missão de mestre purificador das almas .O filosofo em diversas passagens ,interpretou sua missão como serviço de deus . A purificação da alma implicava, todavia, uma condição Sine qua non o conhecimento de si mesmo. O conhecimento de si mesmo implica o conhecimento das próprias faltas e carências e a verdadeira sabedoria consiste em admitir a própria ignorância, em eliminar as falsas opiniões e os conceitos errôneos, em abrir o espírito para o conhecimento da verdade. A presunção do saber sem possuir, origina os erros que nós comentemos com a nossa inteligência. Sua filosofia era desenvolvida mediante diálogos críticos. Quando Sócrates perguntava, ele pedia uma definição essa definição nos conduz a essência, e ao saber esse saber esta voltado pra verdade. O conhecimento verdadeiro não pode ser relativo a cada sujeito cognoscente como os sofistas afirmavam.Deve ter a verdade uma autonomia, ela deve existir e ser valida para todos. Assim, os sentidos, a experiência, são fonte de opiniões e não de ciência firme, pois a ciência tem que ter caráter universalista. O particular e objeto de opinião e está, portanto sujeito ao erro.
Sócrates abandonou uma forma de pensamentos do mundo físico e iniciou uma nova fase do pensamento humano, ele discutia somente pelas coisas morais, não se atinge o universal pelas experiências sensíveis mais sim pela a dialética. A virtude para o filosofo era o de cuidar da alma para aperfeiçoá-la e torna-la mais próxima do estado divino, pois o sábio era um bem aventurado achando-se acumulado de felicidades, pois a ação virtuosa produz a felicidade. Sócrates afirma que a ciência torna o homem senhor de si mesmo e a falta dela torna-o escravo das paixões e dos impulsos irracionais. O erro e a culpa são considerados uma carência de ciência ou de sabedoria. Desde modo, “Ninguém peca voluntariamente”. Nenhum homem há de preferir o mal conhecendo o bem. A sabedoria assume aqui um caráter ativo. O bem pensar leva o homem ao bem viver, para o filosofo a vontade de se identificar com a inteligência. Aquele que tem a ciência, a sabedoria, há de querer o bem e há de ser virtuoso. Toda a sua ação purificadora e seu magistério são permeados de um sentimento que Sócrates afirmava conhecer e possuir mais do que qualquer outro homem: o Amor, que explica toda a sua trajetória, é um amor que não tem sua fonte no interresse da retribuição mais que tem um valor intrínseco. Sócrates levou tais idéias às ultimas conseqüências e sua vida foi um eloqüente estado de coerência entre a teoria e a prática, sua morte e exemplo disso foi com sua morte que ele deu sua ultima lição suprema, foi com ela que ele fez a sua mensagem e sua missão atingiu a plenitude foi exemplo vivo da sabedoria. Enfim tomou a cicuta sem hesitar ingerindo-a completamente. Ninguém melhor do que ele saberia viver e ninguém melhor do que ele saberia morrer como disse Nietzsche.
Referencias:
CLARET Martin. Pensamentos vivos: Sócrates. São Paulo: Martin Claret, 2010.
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