quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Eèpàrìpàà! Odò ìyá!





"É vista quando há vento e grande vaga
Ela faz um ninho no rolar da fúria e voa firme e certa como bala
As suas asas empresta à tempestade
Quando os leões do mar rugem nas grutas,
Sobre os abismos, passa e vai em frente
Ela não busca a rocha, o cabo, o cais
Mas faz da insegurança a sua força e do risco de morrer, seu alimento
Por isso me parece imagem justa
Para quem vive e canta no mau tempo"

(Maria Bethânia)


Minha Iansã, minha mãe, minha protetora, meu tudo... 
És tu mãe que me protege de noite e  dia, que me faz ter força e perseverança para seguir com fé e enfrentar os obstáculos da vida. 

Sou filha do vento, sou Oyá, aquela que se desdobra em nove partes, a grande mulher, charmosa e elegante. 
Iansã menina mulher... 
É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio enlouquecido. 
É a paixão propriamente dita, é o sensualismo, o amor forte, violento.
É a guerra, o rio, o raio, o fogo, a tempestade , o vento
Iansã é os olhos de Xangô 
A Paixão de Ogum
fascínio de Oxóssi
A sedução de Obaluâe
O encanto de Exú 
O Caminho de Oxaguian
Iansã é dona do meu ori
Dona do meu coração
É a minha paixão, o meu amor...
Eèpàrìpàà! Odò ìyá!


"Eu sou a casa do raio e do vento
Por onde eu passo é zunido, é clarão
Porque Iansã, desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração"

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