sábado, 30 de abril de 2011

Caio Fernando Abre

''Querendo dizer que não, que agora não, que desse jeito não, que assim não, que não mais, quem sabe nunca.''

''De repente a gente se encontra numa esquina,
num outro planeta,
no meio duma festa ou duma fossa,
a gente se encontra, tenho certeza.''

''Vai menina, fecha os olhos.
Solta os cabelos. Joga a vida.
Como quem não tem o que perder.
Como quem não aposta. Como quem brinca somente.''

''Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.''

''Uma vontade de chegar perto, de só chegar perto, te olhar sem dizer nada, talvez recitar livros, quem sabe só olhar estrelas… Dizer que te considero e que hoje, só por hoje ou a partir de hoje de ontem, de sempre e de nunca), é sincero.''

O sol brilha tanto lá fora, o céu tá tão azul e a vida tão divertida que não vale a pena lamentar!

Porque já não temos mais idade para, drasticamente, usarmos palavras grandiloquentes como "sempre" ou "nunca".
Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicídio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos.
E substituímos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar".
Esse o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.



quarta-feira, 20 de abril de 2011

A criança

Ilustre Castro Alves. Considerado o poeta Abolicionista e faz parte da terceira geração romântica. Os seus poemas têm como escopo as questões sociais, abolicionistas, republicanas e de cunho libertário. Usava muitas hipérboles para transmitir seus pensamentos sobre o abolicionismo. E, Podemos ver isso em seu poema que segue abaixo.





Que tens criança? O areal da estrada
Luzente a cintilar
Parece a folha ardente de uma espada.
Tine o sol nas savanas. Morno é o vento.
À sombra do palmar
O lavrador se inclina sonolento.


É triste ver uma alvorada em sombras,
Uma ave sem cantar,
O veado estendido nas alfombras.
Mocidade, és a aurora da existência,
Quero ver-te brilhar.
Canta, criança, és a ave da inocência.


Tu choras porque um ramo de baunilha
Não pudeste colher,
Ou pela flor gentil da granadilha?
Dou-te, um ninho, uma flor, dou-te uma palma,
Para em teus lábios ver
O riso — a estrela no horizonte da alma.


Não. Perdeste tua mãe ao fero açoite
Dos seus algozes vis.
E vagas tonto a tatear à noite.
Choras antes de rir... pobre criança!...
Que queres, infeliz?...
— Amigo, eu quero o ferro da vingança

(Castro Alves)

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Camille Miranda 
(Magistri- Blog)



Minha participação no Ciella:

O CIELLA, só trouxe mais certeza naquilo que eu quero na minha vida. Ao assistir a conferência da Prof.ª e Dr.ª Luci Seki, que abordava o tema sobre: “Reflexão sobre educação indígena”, me fez ficar cada vez mais admirada com essa cultura tão linda é bela. As sessões de comunicações com grandes palestrantes foram essenciais para o meu aprendizado, e também o minicurso que trouxe muito aprendizado em documentar trabalhos em meios digitas. Pois, bem o CIELLA me proporcionou à destreza e a vontade maior em estudar com cultura indígena. Espero muito à ajuda de Deus para que tudo de certo e que mesmo aparecendo dificuldades eu possa superá-las com muita determinação.


Abraços.

domingo, 17 de abril de 2011

Prezados Leitores,



Quero compartilhar com vocês a alegria de participar de um Evento de suma importância na Universidade Federal do Pará, o CIELLA (Congresso Internacional de estudos linguísticos e literários na Amazônia) que é um evento organizado pelo programa de Pós-graduação em Letras pela Universidade Federal do Pará. (UFPA). O evento é bianual que tem como público alvo para professores, universitários, pesquisadores, estudantes de graduação e Pós-graduação de instituições locais, nacionais e internacionais e temos como convidados especiais David Morgolin (docente e pesquisador da University of New Mexico, USA), Ettore Finazzi- Agró (docente e pesquisador da Universidade de Roma "La Sapienza"), Francisco Queixalós( docente e pesquisador da CNRS, França), Scott Delancey (docente e pesquisador da University of Oregon, USA ), Spike Gildea (docente e pesquisador da University of Oregon, USA) e entre outros das universidades brasileiras. Bem, espero que o evento possa me beneficiar ao máximo, pois, estou bastante ansiosa em aprender cada vez mais. Portanto, estarei sem tempo pra post. Mas espero voltar em breve, para dividir com vocês a aprendizagem que eu terei nesses três dias do CIELLA.

Fonte: http://www.ufpa.br/ciella/

Um grande abraço.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pensamento filosófico...

"O Chamado bom senso ou a razão, é naturalmente igual em todos os homens e assim, que multiplicidade de nossas opiniões não deriva do fato de uns serem mais razoáveis do que outros, porém somente de fatos de encaminhamentos nosso pensamento por diversos caminhos e não levarmos em conta as mesmas coisas. Não e suficiente ter o espírito bom, o essencial é bem aplica-lo” (Descartes, 1637, p.13).


Abraços.

Um lindo texto de Giselle Ribeiro.

Ensejo dizer que esse texto despertou uma emoção indescritível dentro do meu coração poético espero que gostem!

A CASA INTERIOR ESTÁ ARRUMADA


Passado alguns anos, a tarefa de viver já não parece mais um estranho ato!
Viver, então, pode ter o peso e a medida certa para os nossos ombros, para o nosso suportar, para a nossa capacidade de sustentação de cada decisão que tomamos ou deixamos de tomar.
Aos que se permitem viver os acontecimentos com a possibilidade da reconstrução da casa interior, o resultado virá em pontos ganhos para obter a paz maior. Esse é o bom e ainda incógnito objeto de desejo que o homem contemporâneo insiste em se furtar.
Eu, por mim, arrumo a casa sempre que posso. Recolho o lixo acumulado. Lavo o piso para poder passar novamente na companhia dos se permitem andar comigo. Ponho as cortinas para pegar sol. Lavo os lençóis para os dias de frio intenso. E nos dias de muito calor, abro todas as janelas que há em mim e a brisa mansa dos amores meus faz a festa no meu coração.


Este lindo texto foi retirado do blog da grande “Magistra” Giselle Ribeiro, que é uma grande poetiza, escritora e professora da Universidade Federal do Pará.

Visitem:

Um grande abraço.


domingo, 10 de abril de 2011

Palavras Repetidas...

Palavras Repetidas
A Terra tá soterrada de violência
De guerra, de sofrimento, de desespero
A gente tá vendo tudo, tá vendo a gente
Tá vendo, no nosso espelho, na nossa frente
Tá vendo, na nossa frente, aberração
Tá vendo, tá sendo visto, querendo ou não
Tá vendo, no fim do túnel, escuridão
Tá vendo no fim do túnel escuridão
Tá vendo a nossa morte anunciada
Tá vendo a nossa vida valendo nada
Tô vendo, chovendo sangue no meu jardim
Tá lindo o sol caindo, que nem granada
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo um carro-bomba na contramão
Tá vindo o suicida na direção

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"

A bomba tá explodindo na nossa mão
O medo tá estampado na nossa cara
O erro tá confirmado, tá tudo errado
O jogo dos sete erros, que nunca pára
7, 8, 9, 10... cem
Erros meus, erros seus e de Deus também
Estupidez, um erro simplório
A bola da vez, enterro, velório
Perda total, por todos os lados
Do banco do ônibus ao carro importado
Teu filho morreu? meu filho também
Morreu assaltando, morreu assaltado
Tristeza, saudade, por todos os lados
Tortura covarde, humilha e destrói
Eu vejo um Bin Laden em cada favela
Herói da miséria, vilão exemplar
Tortura covarde, por todos os lados
Tristeza, saudade, humilha e destrói
As balas invadem a minha janela
Eu tava dormindo, tentando sonhar

"É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
porque se você parar pra pensar a verdade não há"

Sou um grão de areia no olho do furacão
Em meio a milhões de grãos
Cada um na sua busca, cada bússola num coração
Cada um lê de uma forma o mesmo ponto de interrogação
Nem sempre se pode ter fé
Quando o chão desaparece embaixo do seu pé
Acreditando na chance de ser feliz
Eterna cicatriz
Eterno aprendiz das escolhas que fiz
Sem amor, eu nada seria
Ainda que eu falasse a língua de todas as etnias
De todas as falanges, e facções
Ainda que eu gritasse o grito de todas as Legiões
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras que eu mais quero repetir na Vida?
Felicidade, Paz, fé...
Felicidade, Paz, Sorte
Nem sempre se pode ter Fé, mas nem sempre
A fraqueza que se sente quer dizer que a gente não é forte.


Brasil o que esta acontecendo contigo? A Atrocidade está dominando o mundo. Nem mais nas escolas estamos seguros. E nós o que podemos fazer pra melhorar o mundo ? Sinceramente eu não sei...

sábado, 9 de abril de 2011

Índios do meu Brasil



A vocês grandes mestres da natureza
Dedico toda a minha admiração
Admiração que cresce a cada dia
E que se resplandece em mim
De forma tão intensa

A vocês que foram e são donos dessa terra
A vocês que ensinam ao homem branco a preservar
E respeitar a natureza
A vocês que se pitam de preto para ir à Guerra
Grandes Guerreiros da Amazônia

Ao pajé que evoca Mamaé
Com ajuda de Tupã
Transmuta-se e salva os índios
Dos espíritos malignos
Grande Xamã vem fazer tua dança
Evoque,na cura, vem fazer tua reza, grande Pajé.

As línguas indígenas
Que encantam a cada palavra
Que seja eternos os teus troncos
Tupi, Macro-Jê e Aruak
Que nenhuma língua desses troncos sejam extintas
Que o povo brasileiro possa respeitar e admirar a cultura indígena
Assim como eu respeito e admiro.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Caros leitores...


Estou definitivamente sem tempo para postar no Blog, pois a universidade está me consumindo toda e também pelo fato de estar iniciando aos poucos o meu sonho em trabalhar com cultura indígena, e esse sonho quer dedicação total, por isso que estarei sumida por algum tempo. Mas espero voltar em breve com muitas novidades a vocês queridos leitores.


Um grande abraço.

Camille Miranda